laterítico depósitos são um tipo de intemperismo produto que se forma em regiões tropicais e subtropicais através do processo de laterização. A laterização envolve a lixiviação de sílica e outros materiais solúveis de rochas, deixando para trás uma concentração residual de ferro e alumínio óxidos. Os depósitos resultantes, conhecidos como lateritas, são caracterizados pela sua distinta cor vermelha ou marrom devido à prevalência de óxidos de ferro, particularmente hematita e goethite.

As principais características dos depósitos lateríticos incluem a sua natureza altamente intemperizada e porosa, com tendência a se formar em regiões com altas temperaturas e chuvas intensas. As lateritas frequentemente exibem uma estrutura em camadas com horizontes distintos, como uma camada superficial do solo rica em material orgânico e uma camada inferior dominada por óxidos de ferro e alumínio.

Configurações geológicas: Os depósitos lateríticos são comumente encontrados em regiões tropicais e subtropicais, onde a combinação de altas temperaturas e chuvas abundantes promovem o rápido intemperismo das rochas. O processo é mais pronunciado em áreas com condições geológicas e climáticas específicas, tais como:

  1. Rochas-mãe basálticas: As lateritas freqüentemente se desenvolvem em rochas basálticas, ricas em ferro e suscetíveis ao intemperismo. As rochas-mãe basálticas são predominantes em regiões vulcânicas.
  2. Regiões de alta pluviosidade: Os processos de lixiviação e intemperismo que conduzir aos depósitos lateríticos são aumentados em áreas com elevada pluviosidade anual, uma vez que a água desempenha um papel crucial nas reações químicas envolvidas.
  3. Clima tropical: As temperaturas quentes dos climas tropicais aceleram o intemperismo das rochas, facilitando a decomposição de minerais e a concentração de óxidos de ferro e alumínio.
  4. Condições ácidas: Condições ácidas, muitas vezes resultantes da decomposição da matéria orgânica do solo, contribuem para a lixiviação da sílica e de outros componentes solúveis.

Importância na Crosta Terrestre: Os depósitos lateríticos são significativos na crosta terrestre por várias razões:

  1. Bauxita FORMAÇÃO A bauxita, um minério essencial para a produção de alumínio, muitas vezes se forma como resultado de processos de intemperismo laterítico. Os depósitos lateríticos de bauxita são uma fonte crucial de alumínio em todo o mundo.
  2. Minério de ferro: Alguns depósitos lateríticos são enriquecidos em óxidos de ferro, contribuindo para a formação de ferro depósitos de minério. Esses depósitos podem ser fontes de ferro economicamente importantes.
  3. Níquel e Cobalto: Certos depósitos lateríticos estão associados à acumulação de minerais de níquel e cobalto, tornando-os recursos valiosos para a produção de ligas e baterias.
  4. Formação do Solo: As lateritas contribuem para a formação de solos tropicais. Embora possam não ser adequados para a agricultura devido ao seu baixo teor de nutrientes, desempenham um papel na formação da paisagem e na influência dos ecossistemas.

Compreender a formação e as características dos depósitos lateríticos é crucial para a exploração e extração de recursos, particularmente no contexto da mineração de metais e minerais valiosos.

Processos de Formação de Depósitos Lateríticos

Depósitos Lateríticos de Bauxita 

A formação de depósitos lateríticos é um processo complexo que envolve o intemperismo das rochas e o subsequente desenvolvimento de perfis de solo distintos. As principais etapas na formação de depósitos lateríticos incluem:

  1. Intemperismo Físico: Quebra mecânica de rochas em partículas menores através de processos como ação de geada, expansão e contração devido a mudanças de temperatura e ação de raízes de plantas.
  2. Intemperismo Químico: Reações químicas entre minerais nas rochas e água, levando à dissolução de minerais solúveis. Minerais de silicato, como feldspato e olivina, sofrem transformações químicas, liberando sílica em solução.
  3. Lixiviação: Remoção de elementos solúveis, principalmente sílica, através da percolação de água. Este processo de lixiviação resulta no enriquecimento de óxidos de ferro e alumínio no material residual.
  4. Hidrólise: A decomposição de minerais na presença de água, levando à formação de minerais secundários. Por exemplo, a hidrólise do feldspato pode produzir caulinita, um mineral argiloso.
  5. Oxidação: A reação de minerais contendo ferro com oxigênio, resultando na formação de óxidos de ferro. Este processo contribui para a cor vermelha ou marrom característica dos depósitos lateríticos.
  6. Formação do Perfil Laterítico: Com o tempo, horizontes de solo distintos se desenvolvem dentro do perfil laterítico. A camada superior, conhecida como solo superficial, costuma ser rica em matéria orgânica. Abaixo dele, o horizonte laterítico contém concentrações elevadas de óxidos de ferro e alumínio.

Papel do clima, temperatura e precipitação:

  1. Clima: Os climas tropicais e subtropicais desempenham um papel crucial na formação de depósitos lateríticos. A combinação de altas temperaturas e chuvas abundantes acelera os processos de intemperismo. As temperaturas quentes aumentam as reações químicas envolvidas no intemperismo, enquanto a chuva fornece a água necessária para a lixiviação.
  2. Temperatura: As temperaturas mais elevadas aumentam as taxas de reações químicas e a atividade microbiana, promovendo a degradação dos minerais. O calor nos climas tropicais contribui para o rápido intemperismo das rochas e a formação de lateritas.
  3. Precipitação: Chuvas adequadas são essenciais para a lixiviação e transporte de elementos solúveis. A movimentação da água pelo perfil do solo facilita a remoção de sílica e a concentração de óxidos de ferro e alumínio nos horizontes lateríticos.

Fatores que influenciam o desenvolvimento de perfis lateríticos:

  1. Composição da rocha mãe: A composição mineral da rocha matriz, principalmente a presença de minerais ricos em ferro e alumínio, influencia o tipo de depósito laterítico formado. Rochas basálticas são comumente associadas a lateritas.
  2. Vegetação e matéria orgânica: A decomposição da matéria orgânica contribui para a acidez do solo, facilitando a lixiviação da sílica. As raízes das plantas também desempenham um papel no intemperismo físico, quebrando rochas e melhorando o processo geral de intemperismo.
  3. Topografia: Os padrões de declive e drenagem influenciam o movimento da água através do perfil do solo. Encostas íngremes podem resultar num fluxo de água mais rápido, afetando a lixiviação e o transporte de minerais.
  4. Tempo: A formação de depósitos lateríticos é um processo dependente do tempo. Quanto mais tempo os processos de intemperismo estão ativos, mais desenvolvido se torna o perfil laterítico.

A compreensão destes factores é crucial para prever a ocorrência e as características dos depósitos lateríticos, o que, por sua vez, tem implicações para a exploração de recursos e planeamento do uso da terra em regiões com tais características geológicas.

Mineralogia de Depósitos Lateríticos

Avaliação preliminar de GPR para exploração de níquel laterítico – Figura Científica no ResearchGate. Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Typical-Laterite-Weathering-Profile-and-Mineral-Concentrations-courtesy-LD-Queen_fig1_241449267 [acessado em 18 de novembro de 2023]

Minerais comumente encontrados em solos e rochas lateríticas:

  1. Caulinita: Argilomineral resultante da hidrólise do feldspato durante o intemperismo. A caulinita é freqüentemente encontrada na camada superficial do solo de perfis lateríticos.
  2. Gibbsita: Mineral de hidróxido de alumínio que se forma como produto do intemperismo de minerais primários como bauxita e feldspato.
  3. Hematita e Goethita: Óxidos de ferro que contribuem para a cor vermelha ou marrom característica dos depósitos lateríticos. Esses minerais geralmente se formam através da oxidação de minerais contendo ferro durante o intemperismo.
  4. quartzo: O quartzo residual pode estar presente em depósitos lateríticos se o processo de intemperismo remover seletivamente outros minerais.
  5. Bauxita: Os depósitos lateríticos de bauxita são ricos em minerais de alumínio, incluindo gibbsita, boemita e diásporo. A bauxita é uma importante fonte de minério de alumínio.
  6. Argilas: Além da caulinita, outros minerais de argila tais como esmectite e analfabeta pode estar presente em solos lateríticos.

Transformação de minerais primários em minerais secundários durante o intemperismo:

O intemperismo de minerais primários em depósitos lateríticos envolve diversos processos, levando à transformação dos minerais. As principais transformações incluem:

  1. Intemperismo de Feldspato: O feldspato, um mineral comum em muitas rochas, sofre hidrólise para formar caulinita e outros minerais argilosos. O processo envolve a quebra do feldspato em íons solúveis, com subsequente precipitação da caulinita.
  2. Formação de Bauxita: O intemperismo de minerais ricos em alumínio, como feldspato e aluminossilicatos, pode levar à formação de bauxita. A bauxita normalmente consiste em gibbsita, boemita e diásporo.
  3. Formação de Óxido de Ferro: Minerais contendo ferro, como olivina e piroxeno sofrem oxidação, levando à formação de hematita e goethita. Isto contribui para as concentrações elevadas de óxidos de ferro em depósitos lateríticos.
  4. Lixiviação de sílica: A lixiviação de sílica de minerais primários, muitas vezes facilitada por condições ácidas, resulta na remoção de sílica solúvel da matriz rochosa.

Importância do Ferro e do Alumínio na Composição Mineral:

  1. Coloração: Os óxidos de ferro, principalmente a hematita e a goethita, são responsáveis ​​pela cor vermelha ou marrom característica dos depósitos lateríticos. A intensidade da coloração é frequentemente indicativa do grau de oxidação do ferro e da idade da laterita.
  2. Significado econômico: As altas concentrações de minerais de alumínio em depósitos de bauxita laterítica os tornam economicamente valiosos como fonte de minério de alumínio. O alumínio é um metal crucial usado em vários setores, incluindo aeroespacial, construção e transporte.
  3. Papel no Desenvolvimento do Solo: O ferro e o alumínio desempenham papéis essenciais no desenvolvimento de solos lateríticos. O acúmulo desses minerais influencia a estrutura do solo, a fertilidade e a disponibilidade de nutrientes.
  4. Extração de metais: Além do alumínio, os depósitos lateríticos podem conter outros metais economicamente importantes, como níquel e cobalto. Esses metais são frequentemente associados a minerais específicos da laterita e podem ser extraídos para uso industrial.

Compreendendo o mineralogia de depósitos lateríticos é vital para a exploração e extração de recursos, pois fornece informações sobre a composição e o potencial econômico dessas formações geológicas. A presença de minerais específicos também influencia a adequação dos solos lateríticos para diversos fins, incluindo agricultura e construção.

Características Geoquímicas de Depósitos Lateríticos

Fotografias de horizontes lateríticos no depósito de Morowali e amostras representativas de cada horizonte. Perfil laterita (UMA) e fronteira ondulatória entre limonita e horizonte saprolítico (B). Amostras de rocha de baixo para cima (C) e (D) alicerce Integridade e Excelência-(J) amostras de garnierita distinguidas por suas cores. Choi Y, Lee I e Moon I (2021) Características geoquímicas e mineralógicas da garnierita do depósito de Ni-Laterita Morowali em Sulawesi, Indonésia. Frente. Ciências da Terra. 9:761748. doi: 10.3389/feart.2021.761748

Composição Química de Solos e Rochas Lateríticas:

  1. Sílica (SiO2): Os solos lateríticos geralmente apresentam conteúdo reduzido de sílica devido à lixiviação de minerais de silicato durante o intemperismo.
  2. Alumínio (Al): Os depósitos lateríticos são caracterizados por elevado teor de alumínio, especialmente na forma de óxidos de alumínio como gibbsita, boemita e diásporo.
  3. Ferro (Fe): O ferro está presente em quantidades significativas, principalmente como óxidos de ferro, incluindo hematita e goethita. A cor vermelha ou marrom dos depósitos lateríticos é resultado desses óxidos de ferro.
  4. Titânio (Ti): O titânio pode estar presente em depósitos lateríticos, frequentemente associados a minerais como ilmenita.
  5. Níquel (Ni) e Cobalto (Co): Certos depósitos lateríticos são enriquecidos em minerais de níquel e cobalto, o que os torna economicamente importantes para a produção de ligas e baterias.
  6. Fósforo (P): O fósforo pode acumular-se em solos lateríticos, muitas vezes sob a forma de minerais fosfatados.
  7. Manganês (Mn): O manganês pode estar presente em depósitos lateríticos, formando minerais como a birnessita.
  8. Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg): Esses elementos são normalmente lixiviados do perfil do solo, levando a baixas concentrações nos horizontes lateríticos.

Distribuição de elementos dentro do perfil laterítico:

  1. Solo superficial (Horizonte A): Esta camada superior é muitas vezes rica em matéria orgânica e pode conter quartzo residual. Óxidos de alumínio e ferro também podem estar presentes, mas as suas concentrações são geralmente mais baixas em comparação com os horizontes lateríticos subjacentes.
  2. Horizonte Laterítico (Horizonte B): Esta camada é caracterizada por concentrações elevadas de óxidos de ferro e alumínio. Gibbsita e goethita são minerais comuns encontrados aqui. Níquel e cobalto podem estar presentes em certos depósitos lateríticos.
  3. Saprolita (Horizonte C): O saprolito, ou rocha parcialmente desintegrada, pode conter minerais primários residuais, especialmente nos estágios iniciais de desenvolvimento do perfil laterítico. À medida que o intemperismo avança, o saprolito se transforma em um material mais intemperizado e mineralogicamente alterado.

Processos que influenciam a mobilidade e concentração de elementos:

  1. Lixiviação: A remoção de elementos solúveis, como sílica, potássio, cálcio e magnésio, ocorre por lixiviação. Este processo é facilitado pela percolação da água através do perfil do solo.
  2. Hidrólise: A decomposição de minerais primários pela água, levando à formação de minerais secundários como caulinita e gibbsita. A hidrólise pode influenciar a concentração de alumínio e outros elementos.
  3. Reações de oxidação-redução: A oxidação de minerais contendo ferro, como a olivina e o piroxênio, leva à formação de óxidos de ferro (hematita e goethita). Estas reações desempenham um papel crucial na concentração de ferro em depósitos lateríticos.
  4. Acidificação: A decomposição da matéria orgânica na camada superficial do solo pode levar à acidificação do solo. Condições ácidas aumentam a lixiviação da sílica e a concentração de óxidos de alumínio e ferro.
  5. Atividade microbiana: Os microrganismos desempenham um papel na decomposição da matéria orgânica e na liberação de elementos na solução do solo. A atividade microbiana pode influenciar a mobilidade de elementos como o fósforo.

A compreensão destes processos geoquímicos é essencial para avaliar a aptidão dos solos lateríticos para a agricultura, bem como para avaliar o potencial económico dos depósitos lateríticos como recursos minerais. Além disso, as características geoquímicas dos perfis lateríticos contribuem para a nossa compreensão da evolução da paisagem e dos processos de intemperismo em regiões tropicais e subtropicais.

Mineração e Extração de Depósitos Lateríticos

Técnicas de Mineração de Depósitos Lateríticos:

  1. Mineração a ceu aberto: Este é o método mais comum de mineração de depósitos lateríticos. A mineração a céu aberto envolve a remoção de estéril (vegetação, solo e rocha que cobre o minério) para expor o material laterítico. Escavadeiras e caminhões de transporte são usados ​​para remover e transportar o minério para processamento posterior.
  2. Mineração a céu aberto: Semelhante à mineração a céu aberto, a mineração a céu aberto envolve a remoção de estéril em faixas sucessivas para expor o minério. É frequentemente empregado quando o corpo de minério é extenso, mas não necessariamente profundo.
  3. Dragagem: Em alguns casos, particularmente para depósitos lateríticos offshore, podem ser utilizadas técnicas de dragagem. Isto envolve a remoção de material do fundo do mar e posterior processamento em terra.
  4. Lixiviação de pilha: Para certos minérios lateríticos, especialmente aqueles que contêm níquel, a lixiviação em pilha pode ser empregada. Isso envolve empilhar o minério em uma pilha e depois aplicar uma solução de lixiviação para extrair os metais desejados.
  5. Lixiviação in situ: Este método envolve a injeção de uma solução de lixiviação diretamente no corpo do minério, permitindo que os metais sejam dissolvidos e bombeados para a superfície para processamento.

Desafios e considerações ambientais na extração:

  1. Erosão e sedimentação: A remoção da vegetação e do solo durante a mineração pode levar ao aumento da erosão e sedimentação dos corpos d'água próximos, impactando os ecossistemas aquáticos.
  2. Contaminação da água: O processo de lixiviação utilizado para extrair metais de minérios lateríticos pode resultar na liberação de água ácida e rica em metais, contaminando potencialmente as fontes de água locais.
  3. Impacto na biodiversidade: A limpeza de grandes áreas para mineração pode resultar na destruição e fragmentação do habitat, afectando a flora e a fauna locais.
  4. Desmatamento: A mineração a céu aberto muitas vezes exige o desmatamento de grandes áreas florestais, contribuindo para o desmatamento e a perda de biodiversidade.
  5. Poeira transportada pelo ar: A mineração e o transporte de minério laterítico podem gerar poeira transportada pelo ar contendo metais e minerais, impactando potencialmente a qualidade do ar e a saúde humana.
  6. Desafios de reabilitação: A restauração da paisagem pós-mineração pode ser um desafio devido à alteração da estrutura do solo e à necessidade de reintroduzir a vegetação.
  7. Impactos Sociais: As actividades mineiras podem levar a perturbações sociais, tais como a deslocação de comunidades locais e mudanças nos meios de subsistência tradicionais.

Importância Econômica dos Depósitos Lateríticos na Produção de Metais:

  1. Produção de alumínio: Os depósitos lateríticos de bauxita são a principal fonte de minério de alumínio. O alumínio é um metal leve e resistente à corrosão usado em vários setores, incluindo aeroespacial, construção e transporte.
  2. Produção de níquel: Alguns depósitos lateríticos, principalmente aqueles ricos em minérios niqueíferos, são cruciais para a produção de níquel. O níquel é um componente chave do aço inoxidável e também é utilizado na produção de baterias para veículos elétricos.
  3. Produção de Cobalto: Os depósitos lateríticos podem ser fonte de cobalto, componente crítico na produção de baterias recarregáveis, especialmente aquelas utilizadas em veículos elétricos e dispositivos eletrônicos.
  4. Produção de minério de ferro: Certos depósitos lateríticos são enriquecidos em óxidos de ferro, contribuindo para a produção global de minério de ferro.
  5. Produção de Fosfato: Solos lateríticos podem acumular fósforo na forma de minerais fosfatados, contribuindo para a produção de fertilizantes.

Embora a importância económica dos depósitos lateríticos seja significativa, práticas de mineração sustentáveis ​​e responsáveis ​​são cruciais para mitigar os impactos ambientais e sociais. Os avanços na tecnologia e nas práticas de gestão ambiental são continuamente explorados para minimizar a pegada das operações de mineração laterítica e melhorar a sua sustentabilidade global.

Depósitos Lateríticos e Agricultura

Impacto dos Solos Lateríticos na Produtividade Agrícola:

  1. Baixo teor de nutrientes: Os solos lateríticos são frequentemente caracterizados por baixa fertilidade devido à lixiviação de nutrientes essenciais, como potássio, cálcio e magnésio, durante o processo de intemperismo. Isso resulta em solos com baixo teor de nutrientes.
  2. pH ácido: O intemperismo dos minerais em solos lateríticos pode levar à acidificação do solo. Solos ácidos podem afetar a disponibilidade de nutrientes e a atividade microbiana, influenciando o crescimento das plantas.
  3. Alto teor de ferro e alumínio: Embora o ferro e o alumínio sejam abundantes em solos lateríticos, eles não estão prontamente disponíveis para as plantas em formas que possam ser facilmente absorvidas. Altas concentrações desses elementos também podem ser prejudiciais ao crescimento das plantas, afetando o desenvolvimento das raízes e a absorção de nutrientes.
  4. Características físicas: Os solos lateríticos podem ter uma textura grosseira e baixa capacidade de retenção de água, tornando a retenção de água e nutrientes um desafio. Isso pode levar ao estresse hídrico para as plantas durante os períodos de seca.

Conteúdo e disponibilidade de nutrientes em solos lateríticos:

  1. Fósforo: Alguns solos lateríticos podem acumular fósforo na forma de minerais fosfatados. Contudo, a disponibilidade de fósforo para as plantas ainda pode ser limitada devido à presença de óxidos de ferro e alumínio.
  2. Azoto: A disponibilidade de nitrogênio em solos lateríticos pode ser influenciada pela atividade microbiana. As bactérias fixadoras de nitrogênio podem contribuir para a fertilidade do solo, convertendo o nitrogênio atmosférico em formas que as plantas podem usar.
  3. Potássio, Cálcio e Magnésio: Esses nutrientes essenciais são frequentemente lixiviados de solos lateríticos, resultando em baixas concentrações. A disponibilidade desses nutrientes pode ser um fator limitante para o crescimento das plantas.
  4. Microelementos: Embora os solos lateríticos possam conter microelementos como manganês e zinco, sua disponibilidade para as plantas pode ser afetada pelo pH do solo e pela presença de íons concorrentes.

Estratégias para uma Agricultura Sustentável em Regiões Lateríticas:

  1. Alteração do Solo: A adição de matéria orgânica, como composto ou esterco bem podre, pode melhorar a estrutura e a fertilidade dos solos lateríticos. A matéria orgânica aumenta a retenção de água, fornece nutrientes essenciais e promove a atividade microbiana.
  2. Aplicação de cal: A calagem pode ajudar a neutralizar solos ácidos, melhorando o pH do solo. Contudo, a quantidade de cal necessária deve ser cuidadosamente calculada para evitar calagem excessiva, que pode ter efeitos adversos.
  3. Corte de cobertura: O cultivo de culturas de cobertura pode proteger o solo da erosão, adicionar matéria orgânica e contribuir com nitrogênio através da fixação biológica. As culturas de cobertura também ajudam a melhorar a estrutura do solo e a prevenir a lixiviação de nutrientes.
  4. Rotação e Diversificação de Culturas: Diversas culturas plantadas em solos lateríticos podem ajudar a gerir as necessidades de nutrientes e minimizar o risco de degradação do solo. Culturas diferentes têm necessidades nutricionais diferentes e podem contribuir para a ciclagem de nutrientes.
  5. Agricultura de precisão: O uso de técnicas de agricultura de precisão, como a fertilização com taxa variável, pode otimizar a aplicação de nutrientes com base nas condições específicas do solo. Isso ajuda a reduzir o risco de fertilização excessiva e minimiza os impactos ambientais.
  6. Agrofloresta: A introdução de árvores e arbustos em sistemas agrícolas pode melhorar a fertilidade e a estrutura do solo. As raízes dessas plantas contribuem com matéria orgânica e auxiliam na ciclagem de nutrientes.
  7. Gerência de água: A implementação de práticas de irrigação eficientes ajuda a resolver as limitações da capacidade de retenção de água dos solos lateríticos, especialmente durante os períodos de seca.
  8. Cultivo de Conservação: Práticas de plantio reduzido ou direto podem minimizar a perturbação do solo, reduzir a erosão e melhorar a retenção de água em solos lateríticos.

As práticas agrícolas sustentáveis ​​nas regiões lateríticas requerem uma abordagem holística que considere a saúde do solo, a gestão da água e a biodiversidade. A adaptação local e a educação dos agricultores são componentes cruciais de estratégias bem sucedidas para melhorar a produtividade agrícola em áreas com solos lateríticos.

Depósitos lateríticos em todo o mundo

Os depósitos lateríticos são encontrados em várias partes do mundo, principalmente em regiões tropicais e subtropicais, onde condições geológicas e climáticas específicas favorecem a sua formação. Alguns locais notáveis ​​com depósitos lateríticos significativos incluem:

  1. África Ocidental:
    • Guiné: A Guiné é um dos principais produtores mundiais de bauxita, derivada de depósitos lateríticos. As regiões de Sangarédi e Boke são particularmente ricas em bauxita.
    • Gana: Depósitos de bauxita também são encontrados em Gana, contribuindo para a posição do país como um participante significativo na indústria global do alumínio.
  2. América do Sul:
    • Brasil: O Brasil possui extensos depósitos lateríticos, incluindo reservas significativas de bauxita. O estado do Pará é conhecido por suas minas de bauxita, como as minas de Juruti e Trombetas.
  3. Sudeste da Ásia:
    • Indonésia: A Indonésia é um grande produtor de níquel e os depósitos de níquel laterítico são generalizados, especialmente em Sulawesi e Halmahera. O país também possui depósitos de bauxita.
    • Filipinas: As Filipinas são outro país do Sudeste Asiático com depósitos substanciais de níquel laterítico, particularmente na região de Surigao.
  4. Austrália:
    • Austrália Ocidental: A região de Pilbara, na Austrália Ocidental, abriga extensos depósitos de minério de ferro laterítico, contribuindo para a produção geral de minério de ferro da Austrália.
  5. Índia:
    • Orissa: Depósitos lateríticos, incluindo bauxita, são encontrados no estado de Odisha. A Índia é um notável produtor de bauxita, um importante minério de alumínio.
  6. Caribe:
    • Jamaica: A Jamaica possui reservas significativas de bauxita e as atividades de mineração na nação insular têm desempenhado historicamente um papel crucial na indústria global do alumínio.
  7. África – Outras Regiões:
    • Serra Leoa: Os depósitos de bauxita estão presentes em Serra Leoa, contribuindo para a riqueza mineral do país.
    • Madagáscar: Depósitos lateríticos de níquel são encontrados em Madagascar, e a mina Ambatovy é uma grande produtora de níquel e cobalto.
  8. Ilhas do Pacífico:
    • Nova Caledônia: Conhecida pelos seus vastos depósitos de níquel, a Nova Caledónia é um dos principais contribuintes para a produção global de níquel. As minas de níquel laterítico, como as do Planalto Goro, são contribuintes económicos significativos.
  9. Ásia Central:
    • Cazaquistão: Algumas regiões do Cazaquistão possuem depósitos lateríticos, incluindo níquel, o que contribui para a riqueza mineral do país.

É importante notar que a presença e a viabilidade económica dos depósitos lateríticos variam entre as regiões. Estas jazidas desempenham um papel crucial no fornecimento global de metais essenciais como o alumínio e o níquel, apoiando diversas indústrias e o desenvolvimento económico nas respetivas regiões.